Foi atribuída a Sócrates, filósofo Grego (399-479 AC), a criação da virtuose e da ética, através, principalmente, da reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no individual.
Para tanto, as pessoas, antes de realizar ou promover qualquer ação, pensamento, ou emitisse qualquer palavra, deveriam filtrar estas atitudes, autorrespondendo três perguntas que foram denominadas de “Três Peneiras Gregas”, quais sejam: É VERDADE? É BOM? É UTIL?
Se a resposta fosse “não”, ou, no mínimo duvidosa, sugeria-se não promover a atitude ou ato. Seria um mundo de pureza.
O povo judeu, há milhares de anos, têm como referência religiosa e, naturalmente, a ética social baseada na “TORÁ”, seu Livro da Lei. Ali estão incluídas as dez falas ou dez mandamentos, além de 613 normas ou preceitos, que indicam o caminho da união e da boa convivência e isto cria a ética social.
Tudo isto é pétreo, imutável, porque foi-lhes entregue pelo Criador, pelas mãos de Moisés. Jesus Cristo, que era judeu, deu uma nova dinâmica ao propor uma única lei: “amar ao próximo como a ti mesmo”. Na verdade, não há caminho que melhor conduza à prática do bem. Se seguir esta lei Cristã, acredito, todas as peneiras já estariam executadas, tacitamente.
Tão vivas quanto naquelas épocas, estas peneiras, socráticas, judaicas e cristãs, continuam a ser usadas pelas pessoas de bem nos dias de hoje. Interessante, porém, deduzirmos que, ao manifestar sua preocupação com a ética e a boa vivência, bem como o fato de ter criado a assertiva que diz que: “se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade”, o mestre Sócrates já tinha uma preocupação muito grande com desonestidade, mentira, malícia e corrupção, bem antes da era cristã.
Vai daí que vem de longe a corrupção, a desonestidade e falta de ética em todos os setores. Porém, vem de longe, também, a busca de soluções para atos não peneirados e que prejudicam pessoas no âmbito individual bem como no coletivo. Aqui em nosso Brasil, parece-nos implantada uma tal “Lei de Gerson”, onde todos querem ganhar e ninguém é preocupado em servir o próximo. Com isto, implantou-se o fim da ética. E vivemos no pior cenário possível.
Porém, o pior exemplo vem de cima, ou dos poderes constituídos, de onde deveria vir o exemplo de grandeza, ética e virtude. Lá, desde muito tempo, foram esquecidas as peneiras gregas, judaicas, cristãs, ou quaisquer outras que visam criar ética e moral, seja na política, nas relações econômicas e sociais. O que fazer? Só protestar? Talvez! Porém, é preciso procurar o caminho da virtude.
Enquanto isto, vamos que vamos, no estilo salve-se quem puder. Até quando? Só o Criador poderá responder.
Valha-me Deus!